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Liberação de obras do Pedral do Lourenço é comemorada pela indústria do Pará: 'Resgate histórico'

A expectativa da Fiepa é que o Pará se consolide como um hub logístico estratégico para o comércio exterior, aproveitando sua posição geográfica, suas bacias hidrográficas e a estrutura portuária já existente.

Gabi Gutierrez
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A liberação da licença ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o início das obras de derrocamento do Pedral do Lourenço, em Itupiranga, no sudeste do Pará, foi recebida com entusiasmo pelo setor produtivo paraense. Para a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), a autorização representa muito mais do que o início de uma grande obra: trata-se de um marco logístico e um resgate histórico da vocação fluvial do estado.

O presidente da Fiepa, Alex Carvalho, destaca que o Pará ganha não apenas competitividade, mas também protagonismo nacional e internacional. “A autorização do Ibama é um marco que podemos traduzir como um resgate histórico, que vinha restringindo o modal logístico do Estado do Pará”, afirmou.

Nova fase para a logística e o desenvolvimento do Pará

O derrocamento do Pedral do Lourenço é essencial para garantir a navegação plena do Rio Tocantins, permitindo o transporte contínuo de cargas entre Marabá e o porto de Vila do Conde, em Barcarena. Isso representa uma nova era para o escoamento da produção agroindustrial, mineral e madeireira do Pará.

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A licença ambiental para o início das obras de derrocamento do Pedral do Lourenço, no município de Itupiranga, sudeste do Pará, foi concedida. O anúncio foi feito pelo governador Helder Barbalho nesta segunda-feira (26).


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Segundo Alex Carvalho, a mudança abre um leque de oportunidades. “Isso cria um novo horizonte sob o aspecto da sustentabilidade ambiental, mas também do desenvolvimento social e econômico. A hidrovia tem uma pegada de carbono muito menor do que o modal rodoviário, que ainda é predominante no nosso estado”, explicou.

Potencial logístico e impacto na balança comercial

A expectativa da Fiepa é que o Pará se consolide como um hub logístico estratégico para o comércio exterior, aproveitando sua posição geográfica, suas bacias hidrográficas e a estrutura portuária já existente. Carvalho acredita que o estado está no caminho de se transformar em um ponto-chave para o equilíbrio da balança comercial brasileira.

“O Pará tem um grande potencial de transporte de cargas, de desenvolvimento portuário, de geração de empregos qualificados. Podemos abrir um leque de possibilidades, nos posicionando como um grande centro de exportações e importações, o que é fundamental para atrair divisas e fortalecer a nossa economia”, ressaltou o presidente da Fiepa.

Expectativa pelo início imediato das obras

Apesar da comemoração pela liberação da licença ambiental, a Fiepa defende agilidade para que o projeto se torne realidade o quanto antes. “Além de comemorar, pedimos a imediata emissão da ordem de serviço e o início das obras. É preciso sair do papel. Isso traz dignidade ao papel das hidrovias e transforma nossos rios em vias navegáveis de verdade, com impacto direto no transporte de cargas e de pessoas”, afirmou.

image Alex Carvalho, presidente do Sitema FIEPA, deposita também expectativas com os recursos anunciados. (João Barros / FIEPA)

Segundo ele, o setor industrial acompanha de perto os desdobramentos e torce pela celeridade:"Essa é uma luta antiga que precisa avançar com firmeza. Cada dia de atraso significa manter um gargalo logístico que há décadas limita nosso potencial”, reforçou Carvalho.

Ano da COP 30: Pará em sintonia com a agenda ambiental

Em um momento em que o Pará se prepara para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), a liberação da obra se alinha às discussões globais sobre descarbonização do transporte e alternativas sustentáveis para o desenvolvimento. “É um avanço significativo no ano da COP. Reforça o compromisso do estado com a sustentabilidade ambiental ao mesmo tempo em que fortalece nossa economia e promove inclusão”, concluiu Alex Carvalho.

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