Banco da Amazônia e Agência sa lançam edital de R$ 4 milhões para projetos de Bioeconomia
Lançamento do Edital Amabio foi nesta quarta-feira (4) em Belém

O Banco da Amazônia e a Agência sa de Desenvolvimento lançaram, na noite desta quarta-feira (4), em Belém, o "Edital AMABIO" para a seleção pública de projetos de bioeconomia na Amazônia. O edital disponibiliza R$ 4 milhões, de recursos não reembolsáveis, (não precisam ser devolvidos ao financiador), para projetos de até R$ 150 mil. O foco são iniciativas que valorizem as cadeias produtivas locais, com geração de renda e de qualidade de vida à população amazônica.
"O nosso maior objetivo é justamente impulsionar as cadeias da sociobiodiversidade da Amazônia. Como instituição financeira, nós entendemos que esse é um papel fundamental e a gente busca isso, de fato, no nosso cotidiano, apoiar e incentivar, tanto com recursos reembolsáveis através das nossas linhas de financiamentos e empréstimos, mas também com recursos não reembolsáveis, como esse edital de incentivo”, afirmou Samara Farias, gerente-executiva interina, com atuação na área de sustentabilidade do Banco da Amazônia.
Representante da Agência sa de Desenvolvimento, Edane Acioli coordena o programa AMABIO, e explicou que a parceria com o Basa integra uma relação longeva entre a França e o Brasil, que este ano inclusive comemoram 200 anos de relações diplomáticas.
Banco da Amazônia alcança todo o território amazônico
Edane recordou a vinda do presidente da França, Emmanuel Macron, ao Brasil e a Belém, em março de 2024, e a celebração de parcerias com o presidente Lula para proteção da floresta e da população amazônica, em especial. Ela destacou a capacidade do Banco de alcançar uma grande quantidade de pessoas no território amazônico.
“O Banco da Amazônia tem uma capilaridade na região como todo, essa presença física do Banco na região é importante e fortalece esse engajamento para a bioeconomia, para este edital e para essa cooperação entre a França e Brasil. A AFD não poderia ter encontrado um parceiro para essa cooperação melhor, mais adequado e a gente espera que esse seja o primeiro de vários outros editais, várias outras chamadas”, assinalou a coordenadora do edital, pela agência sa.
Mulheres e pessoas entre 18 e 35 anos vão ter preferência
O diretor de crédito do Banco da Amazônia, o economista Roberto Schwartz, observou que o edital ficará aberto para a inscrição de propostas, até o dia 31 de julho, e a seleção vai dar prioridade para ações lideradas por mulheres e jovens, pessoas entre 18 e 35 anos.
"A estrutura de seleção desses projetos será feita por uma comissão paritária, onde vão ter representantes do Banco da Amazônia, representantes da FD, representantes da sociedade civil para fazer o melhor enquadramento e o melhor e o melhor ranqueamento de projetos. É óbvio que a gente já tem alguns critérios que melhor vão ranquear as iniciativas, como serem liderados por mulheres, liderados por jovens, isso torna o projeto melhor elegível aos objetivos do edital. O que não quer dizer que cem por cento dos projetos serão liderados por mulheres e jovens”, afirmou o economista do Banco.
Roberto Schwartz fez questão de enfatizar que o edital pode incentivar o total de 25 a 30 projetos, considerando o orçamento de R$ 4 milhões, e a hipótese dos projetos selecionados atingirem o teto de até 150 mil reais, por proposta. “É um número grande de propostas que a gente vai ter para gerar a promoção de desenvolvimento, promoção de sustentabilidade ao longo de todos os rincões da Amazônia, que a gente almeja tanto desenvolver”, finalizou o economista do Basa.
Como exemplo das atividades econômicas que se enquadram no conceito de bioeconomia, a gerente Samara Farias citou as cadeias do cacau, do açaí, do pescado, de biojoias e fármacos. "No caso da cadeia do cacau, o Pará como um todo é muito forte, é uma cadeia que tem potencial, inclusive, somos um dos maiores produtores de cacau e a cadeia que está atuando a nível de exportação, assim como o açaí e outras frutas nossas. A Amazônia é riquíssima, tanto na sua biodiversidade quanto na economia que pode ser impulsionada através da biodiversidade".
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