Pará tem a 2ª maior informalidade do país e registra 364 mil pessoas desempregadas

Mais da metade da população ocupada no estado trabalha sem carteira assinada ou CNPJ, segundo dados do IBGE. DIEESE aponta também alta no desemprego no 1º trimestre de 2025

Gabriel da Mota
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O mercado de trabalho paraense ainda é marcado pela informalidade e pela alta taxa de desocupação. Segundo os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 57,5% dos trabalhadores do Pará atuam de forma informal, o equivalente a 2,2 milhões de pessoas. A taxa é a segunda maior do país, atrás apenas do Maranhão (58,4%).

A informalidade afeta especialmente trabalhadores domésticos, empregadores e autônomos sem CNPJ, além de trabalhadores familiares auxiliares. O cenário evidencia disparidades regionais: enquanto no Norte e Nordeste a informalidade atinge mais da metade da força de trabalho (52,6% e 51,1%, respectivamente), no Sul o índice é de apenas 29,8%. Santa Catarina tem a menor taxa do Brasil: 25,3%.

Número de desempregados no Pará aumenta

Além da informalidade, o desemprego também cresceu no Pará. De acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA), com base nos dados da PNAD Contínua, o estado registrou 364 mil pessoas desocupadas no 1º trimestre de 2025 — um aumento de 18,2% em relação ao último trimestre de 2024, o que representa 56 mil pessoas a mais sem trabalho.

A taxa de desocupação no Pará ficou em 8,7%, acima da média nacional (7,0%) e da região Norte (8,2%). Em Belém, a taxa foi ainda maior: 9,4%.

O total de pessoas ocupadas no estado caiu para 3,831 milhões, uma redução de 4% em comparação com o trimestre anterior, segundo o DIEESE. A maior queda foi entre os trabalhadores familiares auxiliares, com recuo de 9,6%, seguidos por empregados com ou sem carteira (menos 4,7%) e trabalhadores por conta própria (queda de 4%).

Outro indicador preocupante é a taxa de subutilização da força de trabalho, que chegou a 22,6% no Pará. Isso inclui pessoas desempregadas, pessoas que trabalham menos do que gostariam e aquelas que desejam trabalhar, mas não procuraram ou não estavam disponíveis no período da pesquisa.

Rendimento médio e setores que mais empregam

O rendimento médio do trabalhador paraense foi de R$ 2.499 no 1º trimestre, valor praticamente estável em relação aos trimestres anteriores. Na capital, Belém, a média foi de R$ 3.451.

Os três setores que mais empregaram no Pará foram: comércio, reparação de veículos e motocicletas (com 817 mil trabalhadores); istração pública, educação e seguridade social (com 659 mil); e agricultura, pecuária, pesca e aquicultura (com 506 mil trabalhadores).

📊 Mercado de Trabalho no Pará – 1º trimestre de 2025

🔹 Informalidade

 57,5% da população ocupada trabalha sem carteira assinada ou CNPJ

 Total de 2,2 milhões de pessoas em situação informal

 2ª maior taxa do Brasil, atrás apenas do Maranhão (58,4%)

🔹 Desemprego

Taxa de desocupação no Pará: 8,7%

Total de pessoas desempregadas: 364 mil

Alta de 18,2% em relação ao trimestre anterior (mais 56 mil pessoas)

🔹 Subutilização

Taxa de subutilização: 22,6%

Inclui desempregados, subocupados e quem quer trabalhar, mas não procura

🔹 Queda na Ocupação

Total de ocupados: 3,831 milhões

Redução de 4% ante o 4º trimestre de 2024 (menos 158 mil pessoas)

🔹 Rendimento

Rendimento médio no Pará: R\$ 2.499

Em Belém: R\$ 3.451 (estável em relação aos trimestres anteriores)

🔹 Setores que mais empregam

1. Comércio, reparação de veículos e motocicletas – 817 mil

2. istração pública, educação e seguridade social – 659 mil

3. Agricultura, pecuária, pesca e aquicultura – 506 mil

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