Ministério prevê escoar mais de 20 milhões de toneladas por ano após obras no Pedral do Lourenço

Secretário da pasta defende melhorias logísticas e incentivos ao desenvolvimento regional

O Liberal
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O setor hidroviário ganha mais um estímulo após a licença para a remoção da formação rochosa do Pedral do Lourenço, no Rio Tocantins, na região de Marabá, sudeste paraense. Essa é uma via de transporte estratégica para o setor produtivo, em especial de grãos e minerais, porém, fica restrita quando o rio seca. O Ministério de Portos e Aeroportos estima uma movimentação média de mais de 20 milhões de toneladas por ano após as obras. A hidrovia se estende por mais de 1.700 quilômetros, entre as cidades de Peixe (TO) e Belém (PA).

O potencial de escoamento da produção equivale a cerca de 500 mil caminhões, uma redução de 30% nos custos logísticos, já que a modalidade hidroviária é mais barata e menos danosa ao meio ambiente. Segundo o Mpor, “a expectativa é que os maiores beneficiados sejam os estados do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia)”, que se sobressaem como uma das regiões agrícolas que mais crescem no país, mas ainda muito dependentes da malha rodoviária.

“O derrocamento do Pedral viabiliza uma alternativa logística mais sustentável para o escoamento da produção do MATOPIBA, ainda muito dependente das rodovias. A operação contínua da hidrovia representa eficiência e um avanço para uma matriz de transporte mais limpa e essencial para o cumprimento das metas de descarbonização do Brasil”, afirma o secretário nacional de hidrovias e navegação, Dino Antunes.

Além dos ganhos logísticos, a obra deve impulsionar a geração de empregos diretos e indiretos, atração de investimentos privados, fortalecimento da indústria naval e dinamização de áreas com baixos índices de desenvolvimento humano (IDH). A obra é vista como um dos investimentos que podem consolidar a região Norte como um polo de distribuição, aumentando a competitividade e o investimento dos produtores.

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O Mpor ainda informa que o projeto será conduzido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em parceria com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A obra integra o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e está alinhada ao planejamento do governo federal para a futura concessão da Hidrovia do Tapajós, fortalecendo a expansão da malha fluvial na Amazônia Legal.

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