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CNA pede que União Europeia apure boicote à carne brasileira por redes varejistas da França

Principal associação agrícola do país pediu investigação contra Carrefour, Les Mousquetaires, E. Leclerc e Coopérative U

Agence -Presse (AFP)
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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), principal associação agrícola do país, pediu nesta terça-feira (27) que a União Europeia investigue um possível cartel de varejistas ses contra carne bovina brasileira em 2024, o que violaria as regras de concorrência do bloco.

A influente CNA acusou quatro dos maiores grupos varejistas da França — Carrefour, Les Mousquetaires, E. Leclerc e Coopérative U — de boicotar a carne bovina brasileira em novembro do ano ado.

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A organização alega que os quatro grupos fizeram declarações destinadas a difamar produtos de carne dos países do Mercosul, sem nenhuma justificativa técnica para isso.

O episódio eclodiu quando o Mercosul e a UE se aproximavam da conclusão de um acordo comercial, anunciado em dezembro de 2024 e fortemente contestado pela França.

Os agricultores europeus, especialmente os ses, temem que o acordo abra portas para uma concorrência desleal.

O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, disse aos sindicatos ses em novembro que a rede de supermercados "não venderia carne do Mercosul".

A senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina disse à AFP em Bruxelas que a CNA espera da UE "uma resposta, saber se essas empresas agiram em conjunto para formar um cartel".

As quatro redes, alega a organização,à  não tinham evidências científicas para apoiar essa posição pública, e a medida representou ainda um duro golpe para a imagem de um importante setor exportador brasileiro.

"Trabalhamos muito para chegar a este ponto. Não podemos permitir que uma frivolidade como esta aconteça novamente", disse a ex-ministra.

"O problema não é com a França. O problema não está no mercado comum europeu. Nosso problema é saber por que essas quatro empresas se uniram e fizeram essas declarações", comentou.

Nesse momento, acrescentou, "houve uma indignação muito grande dos produtores argentinos, uruguaios e paraguaios", porque essas quatro empresas, "além de atingir o Brasil, também atingiram o Mercosul".

O vice-presidente da CNA, Gedeão Pereira, disse à AFP que o episódio não pode levar a uma imagem generalizada de falta de qualidade. "Não vamos aceitar isso, nem com o bloco europeu, nem com ninguém", disse ele.

Questionada sobre o impacto econômico do incidente, a senadora Cristina disse: "É muito difícil mensurar, mas existiu".

"É uma questão de imagem. Não queremos que a imagem do nosso produto seja alvo de alegações que não correspondem à realidade", observou Pereira.

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