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Após reforma da Previdência, trabalhadores precisam contribuir por mais 2,8 anos para se aposentar

Dados são do estudo do Ministério do Trabalho e Previdência da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Daleth Oliveira

Após a reforma da Previdência, aprovada em 2019, os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão levando, em média, 2,8 anos a mais para conseguir se aposentar. Desde então, o maior acréscimo foi para os homens (3,5 anos). Já as mulheres, tiveram um aumento menor (2 anos). Os dados são do estudo do Ministério do Trabalho e Previdência da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

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Entre 2019 e 2021, a idade média de aposentadoria dos homens ou de 58,7 para 62,2 anos; das mulheres, foi de 57,3 para 59,3 anos. Este aumento das faixas de idade é reflexo de uma das alterações fundamentais da reforma, que é a fixação de idades mínimas para a aposentadoria pelo INSS em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. Para o economista Nélio Bordalo Filho, do Conselho Regional de Economia do Estado do Pará e Amapá (Corecon PA/AP), esta regra beneficia a economia do País com equilíbrio fiscal das contas públicas.

“A principal justificativa para as reformas na previdência ocorridas ao longo dos tempos têm sido superar dois grandes desafios: o envelhecimento da população brasileira e o déficit do sistema previdenciário. O déficit no sistema certamente será reduzido, paulatinamente, com o aumento no tempo de contribuição, e consequentemente pela redução nos custos do governo com os beneficiários”, explica o especialista.

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Bordalo afirma que este ano o déficit financeiro deve ser ainda mais reduzido, como resultado da última reforma. “Vamos aguardar esse resultado com expectativas”, diz Nélio. Isso porque, na prática, aumentando a idade mínima para aposentadoria, se aumenta o tempo de contribuição e diminui o tempo que o aposentado receberá o benefício, logo, reduz os gastos do Estado.

Aposentadoria adiada

A alteração ou a valer para novos trabalhadores, entretanto, aqueles que começaram a contribuir pelas regras anteriores à reforma, podem se aposentar por uma das quatro regras de transição, modalidade criada para que esses contribuintes mais antigos consigam ar o direito de aposentadoria de forma antecipada sem obedecer integralmente aos novos requisitos criados em 2019. Porém, como consequência, quem estava próximo de dar entrada na aposentadoria precisou adiar os planos e contribuir por mais alguns anos no INSS.

A aposentadoria por tempo de contribuição garantia o benefício independentemente da idade e o trabalhador precisava apenas cumprir 30 anos de recolhimento ao INSS por mulheres e 35 anos por homens. Enquanto isso, os trabalhadores de baixa renda ou com mais dificuldade de o ao emprego formal geralmente se aposentavam pela regra de idade já existente, mas que não era obrigatória. Assim, contribuíam por um mínimo de 15 anos e precisavam atingir 60 anos de idade (mulheres) e 65 anos (homens).

Dicas

Para quem começou a contribuir após a reforma da Previdência e não quer esperar os 62 ou 65 anos para se aposentar, Nélio Bordalo indica um plano B de aposentadoria. "Se possível, opte paralelamente por uma previdência privada. Ela é um planejamento financeiro pensado para o futuro, sendo destinada à aposentadoria, mas também existem outras possibilidades para sua utilização, tais como: estudo dos filhos, compra de imóveis, períodos sabáticos, e outras possibilidades de acordo com o objetivo a ser atingido”, aconselha o economista.

O especialista também aponta o investimento no mercado financeiro como uma boa opção de renda extra para o futuro. “A diversificação é uma excelente estratégia para o planejamento da aposentadoria. Pesquise e estude sobre Tesouro Direto e fundos de investimento, por exemplo, o que garante uma boa rentabilidade com o ar do tempo”, completa.

“Existem várias alternativas de produtos no mercado financeiro, mas é importante avaliar qual ou quais são mais atrativos em rentabilidade e segurança, pois se o objetivo é investimento a longo prazo, para uma aposentadoria tranquila, é imprescindível uma análise nas opções”, finaliza.

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