Mercado imobiliário de Belém já sente os efeitos da COP 30

Obras de mobilidade e saneamento estão valorizando imóveis e despertando interesse em aluguéis por temporada

Gabriel da Mota
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Com a aproximação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para novembro deste ano, o mercado imobiliário de Belém já registra impactos positivos, segundo avaliação do corretor Joaquim Mendes, que atua no setor há 18 anos. Para ele, a movimentação atual é inédita: “Nunca vi nada igual”, resume. A cidade está recebendo uma série de obras de infraestrutura, mobilidade urbana e saneamento, impulsionadas pela realização do evento internacional.

“São obras que Belém já precisava há muitos anos. A COP veio para acelerar essa necessidade que já era bem atrasada. Isso reflete de forma muito positiva no mercado imobiliário, valorizando o entorno e promovendo novos mercados, como a locação por temporada, que era muito pequena na cidade”, afirma o corretor.

Entre os bairros mais impactados estão o entorno da avenida Tamandaré, a área próxima à Estação das Docas, o Porto Futuro 2, a chamada Nova Doca e a região do Parque da Cidade.

“A Tamandaré, por exemplo, era uma região que há muito tempo não recebia nenhum tipo de novidade. A chegada de uma obra grandiosa muda isso imediatamente”, diz Joaquim.

Ele explica que onde há obras, a valorização dos imóveis é quase automática. “Você finca a primeira placa e já começa a movimentar a expectativa. Os bairros começam a se transformar”, afirma.

Aluguéis por temporada ganham força

Um dos efeitos mais diretos dessa transformação é o crescimento do mercado de locação por temporada. Segundo Joaquim, ainda é difícil precificar esse tipo de aluguel, mas a tendência é que os valores superem os de mercado tradicional, especialmente quando agregam serviços. “Tem muito a ver com o que está incluído na locação: limpeza, motorista, comida… são muitos fatores”, explica. Para comparação, o corretor sugere usar como base o valor da diária de bons hotéis.

Apesar da valorização, ele alerta para o risco de superfaturamento. “Tem que analisar caso a caso, até para não gerar uma expectativa que não se concretize e não fechar negócio”, completa.

Como preparar o imóvel para a COP?

Aos que ainda pensam em alugar seus imóveis para a COP, Joaquim orienta que é possível se preparar a tempo, mas o ideal é contar com apoio profissional. “O mais importante é contratar um corretor de imóveis de confiança. Esse profissional vai saber precificar corretamente e fazer um contrato com segurança jurídica”, recomenda.

Segundo ele, embora plataformas digitais de aluguel sejam úteis, contar com um profissional garante uma triagem mais segura. “O corretor é quem vai filtrar quem é o cliente, saber analisar melhor quem vai entrar no seu imóvel, para que essa experiência seja positiva para todos”, afirma.

O experiente profissional acredita que o maior benefício da COP 30 pode vir após o evento: “Se fizermos um evento bem feito, o legado pode ser o melhor possível nas mais diversas áreas. Belém precisa virar definitivamente uma cidade turística. Essa é a oportunidade”, finaliza.

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