SUS avalia adotar o uso da membrana que envolve o feto em tratamento de queimaduras
A adesão da técnica foi uma recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão do Ministério da Saúde

O Sistema Único de Saúde (SUS) está avaliando a adoção do uso da membrana que envolve a placenta para o tratamento de queimaduras no Brasil. A recomendação da técnica foi feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão do Ministério da Saúde, na sexta-feira (9/5). Parte da placenta, a membrana amniótica, será coletada em partos cesarianos com autorização da mãe.
A decisão da pasta sobre o uso da placenta deve ser publicada no Diário Oficial da União em 180 dias. O objetivo, segundo a proposta, é ter uma alternativa ível e segura aos curativos convencionais. Além disso, também reabastecem os bancos de tecidos de pele humana, que hoje suprem apenas 40% da demanda por pele no país. De acordo com a Sociedade Brasileira de Queimaduras, 1 milhão de pessoas sofre queimaduras a cada ano.
No tratamento com a membrana, após ser coletada, o material ará por análise microbiológica, triagem e exames sorológicos. Os tecidos alterados serão descontaminados para que o uso nos pacientes seja seguro. A escolha de a coleta ser realizada em partos cesarianos se deve ao menor risco de contaminação.
Embora recomendada só agora, a tecnologia foi utilizada sob caráter emergencial durante o acidente na Boate Kiss, em Porto Alegre, em 2013. Na época da tragédia, países onde a prática já era legalizada doaram membranas amnióticas à Santa Casa de Porto Alegre, que tratou os feridos.
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