Belém: imagem original de Santa Rita de Cássia participa da Procissão das Rosas após mais de 15 anos
O Frei Paulo Alessandro Dias conta que a Imagem Original de Santa Rita costuma ficar no templo e, após mais de uma década, ela integra a procissão
Depois de 15 anos, a imagem original de Santa Rita de Cássia, conhecida como a Santa dos Impossíveis e advogada dos casos desesperadores, participa da Procissão das Rosas. O cortejo iniciou por volta das 9h desta quinta-feira (22/5), após a missa realizada na Paróquia São José de Queluz, na avenida Cipriano Santos, no bairro de Canudos, em Belém. A homenagem é reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial da capital desde abril de 2019.
Neste ano, também é celebrado os 125 anos de Santa Rita, realizada no dia 24 de maio de 1900, pelo Papa Leão XIII. Por isso, a imagem original, que costuma ficar no templo da Paróquia, participou da procissão, com uma forma de homenageá-la e estar mais perto dos fiéis. A procissão saiu da avenida Cipriano Santos e seguiu pela Av. Teófilo Condurú, Tv. Segunda de Queluz, Av. Ceará, Tv. Primeira de Queluz, Cipriano Santo e retorna à paróquia.
“É uma santa de devoção popular que caiu no agrado das pessoas, de ser uma mulher que conjugou em si diversas vocações. Ela foi esposa, mãe, religiosa. A própria vivência e os desafios de Santa Rita tocam profundamente a realidade do povo e as pessoas se sentem muito comovidas. E fazem com que as pessoas realmente se voltem para ela com esse apelo, para que possam também apresentar seus desafios, suas dificuldades. A Rosa é o fruto da roseira. A gente entende que ela tem um valor simbólico na vida de Santa Rita, essa flor que floresce no jardim de Deus para servir, ser modelo e testemunhar o amor a Deus”, disse o pároco, Frei Paulo Alessandro Dias.
O religioso também disse que foi criada uma imagem própria para a procissão - mais leve e muita bonita, que sai todos os anos. “A devoção a Santa Rita é antiga e sua canonização completa 125 anos e tivemos esse bom senso de criar essa tradição de levar a imagem original que fica no templo sempre, para estar na procissão e mais perto do povo”, afirmou.
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O correspondente bancário Cássio Rosa, 40 anos, acompanhou a procissão. Ele disse que a devoção por Santa Rita de Cássia foi herdade da família. “Sou devoto desde que estava na barriga da minha mãe”, contou. Inclusive, o próprio nome dele foi uma forma de homenagem à santa. “Neste ano, estou agradecendo à Santa Rita pela minha vida. No ano ado, no dia de Santa Rita de Cássia, eu estava internado com pneumonia. Ficou 38 dias no hospital, dos quais 28 intubado”, contou. “Achei que não ia voltar mais. E agora estou aqui sem sequela. Tenho certeza que foi pela intercessão dela que estou vivo”, afirmou. Ele distribuiu rosas durante a procissão..
A professora Noélia de Paula, de 49 anos, mora em Capitão Poço, no nordeste do Pará, e também participou da caminhada da fé. “Ela é muito importante na minha vida. É uma advogada forte e fiel. Todas as vezes que eu recorri à Santa Rita, eu fui atendida”, disse. “O meu marido bebia muito. Então fiz esse pedido a Santa Rita e o trouxe várias vezes comigo e, graças a Deus e a ela, ele saiu do alcoolismo. Sou devota há mais de 16 anos”, contou.
Nesta quinta (22/5), o santuário ficará aberto para visitação ao longo do dia, com missa às 7h, 9h, 12h, 17h, encerrando às 19h, com Missa Solene presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém. Em seguida terá programação cultural.
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